Alma rosa chá.
Vestida de rosa chá.
Na casa rosa areia.
Leva - enquanto passeia -
um oceano de espantos
nas mãos:
Cinzas de rosas
no ar do quarto do avô
morto.
Mistério ácido na boca
- sabor do fruto vítreo -
de figueira desconhecida.
Açúcar cristal brilha
- mínimas estrelas -
nas mãos.
Céu rosáceo de Dali
desce ao chão
e incendeia
o futuro lilás:
rosa chá + azul anil
Linhas do destino
emaranhadas
- já no ventre
de nossas mães.
E apenas agora
o homem sagrado
envolto em acordes
de estrelas no cio.
- meu azul demorado!
Bárbara Lia _ Poesia publicada na Antologia _ O Melhor da
Festa 3 (Festipoa/Casa Verde)
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