Um homem arrancou mudas de ipê
Fazendo vandalismo no maior fuzuê
Por uma deserta, quieta e tímida rua
Mas, ele foi flagrado pela luz da Lua
E pelas discretas câmeras de segurança
Que colocam a justiça na balança!
Um homem que arranca uma planta
Não possui uma mão santa
Pois, foi criado livre como folha ao relento
Sem nenhum tipo de disciplina e sentimento
Quem é criado de um jeito permissivo
Não absorve a sabedoria do adubo ativo
Então não cria seguras e fortes raízes
Nem cheira as flores com várias matizes!
Assim, não consegue escolher fieis companheiras
Pois, só freqüenta baladas viciadas e traiçoeiras!
Num homem assim nascem galhos na cachola,
Deixando ele com raiva de árvores a toda a hora!
Um homem arrancou mudas de ipê
Num vandalismo com o maior fuzuê!
As plantas eram mudas
não tiveram como se defender
Mas, o Cartola disse que as plantas não sabem falar
Porém, exalam um perfume ao entardecer
Numa fina linguagem que se espalha ao ar!
O homem que arrancou os ipês não sabe o poder
Que esta árvore tem ao amanhecer!
Um frondoso ipê branco
Deixa o espírito franco!
Um alegre e desinibido ipê amarelo
Abriga a princesa sem castelo
Um meigo ipê lilás
Exala perfume de paz!
Um homem arrancou mudas de ipê
Fazendo vandalismo no maior fuzuê.
Luciana do Rocio Mallon
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