quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
A escrita que trago se dá no limiar do esquecimento. Não escolho rimas, não escolho métricas e não assino "poeta" no formulário de inscrição. Aquele que escreve pra valer, não pensa em ser alguma coisa - feito quem escolhe a melhor roupa para ir a um casamento ou o melhor penteado para um teste de elenco de um comercial de margarina. É justamente o contrário. Quem escreve pra valer, escreve para perder a visão. Para ver o que não se consegue ver com a imagem sempre na sua frente. Escrever para ser alguma coisa instituída é querer o título de poeta dado pelo clube - e isso chega a doer de tão medíocre.
Alexandre França
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