segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Mariza

De Mara Paulina Arruda

Os prédios ora escondiam o sol, ora permitiam os raios diretamente sobre o rosto de Mariza. Ela estava sentada no segundo banco do ônibus e se protegia com a mão espalmada do lado da janela.
Mariza é assim: acorda às 6 horas da manhã. Veste uma camiseta, jeans, calça tênis e com a bolsa a tiracolo segue pro mundo. O cabelo pixaim, a boca colorida de batom vermelho. Ela detesta bobajada. Detesta qualquer coisa que seja o desfazer dos seus irmãos e, estava, nesse dia, indignada com o que viu... descaso.

Com esse jeito assim assim de quem fala sério até mesmo quando canta e dança sobrevoa em dias de vento forte e de vento ameno como se fosse um pássaro negro, com a segurança de quem sabe como é trabalhar em pedreiras.

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