De Mara Paulina Arruda
Os prédios ora escondiam o sol, ora permitiam os raios diretamente sobre
o rosto de Mariza. Ela estava sentada no segundo banco do ônibus e se protegia
com a mão espalmada do lado da janela.
Mariza é assim: acorda às 6 horas da manhã. Veste uma camiseta, jeans,
calça tênis e com a bolsa a tiracolo segue pro mundo. O cabelo pixaim, a boca
colorida de batom vermelho. Ela detesta bobajada. Detesta qualquer coisa que
seja o desfazer dos seus irmãos e, estava, nesse dia, indignada com o que
viu... descaso.
Com esse jeito assim assim de quem fala sério até mesmo quando canta e
dança sobrevoa em dias de vento forte e de vento ameno como se fosse um pássaro
negro, com a segurança de quem sabe como é trabalhar em pedreiras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário