quinta-feira, 23 de janeiro de 2014


"dizem-me que queimo, krakatoa. octóforo, só, caminho. não há como mergulhar na água viva sem arder a página dos rostos. os retratos piromaníacos que se projetam como garças esfomeadas sobre a esteira que nos sustenta a caminhada na terra, pirateada na anatomia dos corpos celestes. são chamas altas, chamas brandas, chamas de brâmanes: a cinética violenta da existência com sua língua de dragonídeo. hálito de magnitude eruptiva.

deixem-me tremer em plasma de caravelas. compreendem a combustão?


resisto, santelmo. ave sanguínea. ave lúcida. ave sidérea."

Andréia Carvalho Gavita

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