"dizem-me que queimo, krakatoa. octóforo, só, caminho.
não há como mergulhar na água viva sem arder a página dos rostos. os retratos
piromaníacos que se projetam como garças esfomeadas sobre a esteira que nos
sustenta a caminhada na terra, pirateada na anatomia dos corpos celestes. são
chamas altas, chamas brandas, chamas de brâmanes: a cinética violenta da
existência com sua língua de dragonídeo. hálito de magnitude eruptiva.
deixem-me tremer em plasma de caravelas. compreendem a
combustão?
resisto, santelmo. ave sanguínea. ave lúcida. ave
sidérea."
Andréia Carvalho Gavita
Nenhum comentário:
Postar um comentário