Adriana Zapparoli
No cântico da parede vermelha, o som transbordava o móvel,
que observava a tudo, do canto de seus olhos lenhosos. A cama hiperbólica
espelhava a próxima hora de lençol branco e travesseiro de pluma de ganso.
Enquanto uma onda perfumada vagava pela porta à dentro, filtrando todos os
raios de ocelo masculino. Naquela hora borboleta, onde a felicidade vive(u),
ela inteira, sobretudo, lagarta e metamorfose.Uma bailarina e sua probóscide de
sugar néctar. A espera...
A persiana de vidro contava muito mais, sobre o final da
tarde, ao jardim de luz.
fragmento de meu livro:O leão de Nemeia
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