Caminhar na mata e chuva
Pisando ideias abstratas
Desenhando barro com os pés
Desviando folhas galhos
Recolhendo espasmos do que deixará de ser
Amanhecer amanhã noite para se abrigar
Na luz artificial
Atravessar rio escorregar na grota
Cruzar lírico verde
Beber da raiz a seiva semimorta
Água corrente pulsar de vegetais
Abrigo para tantos seres
Animais, quem somos nós?
Teias destramando vida
Sentado ao sol da manhã
Eu vou ficar sentado até que a tarde acabe
Vendo os navios chegando
Então eu vou vê-los partirem de novo
Angela Gomes
Nenhum comentário:
Postar um comentário