domingo, 26 de janeiro de 2014

“Moiras”


Caminhar na mata e chuva
Pisando ideias abstratas

Desenhando barro com os pés
Desviando folhas galhos

Recolhendo espasmos do que deixará de ser
Amanhecer amanhã noite para se abrigar
Na luz artificial

Atravessar rio escorregar na grota
Cruzar lírico verde
Beber da raiz a seiva semimorta

Água corrente pulsar de vegetais
Abrigo para tantos seres
Animais, quem somos nós?

Teias destramando vida
Sentado ao sol da manhã
Eu vou ficar sentado até que a tarde acabe
Vendo os navios chegando

Então eu vou vê-los partirem de novo

Angela Gomes

Nenhum comentário: