domingo, 9 de agosto de 2015

Cada um tem seu limite de fundar uma âncora
uma terra no fundo do mar
pernas pra cima sentindo o mundo
pernas sentindo o mundo
de água
o peso do mundo nos ombros
de ossos, carnes, sistema nervoso
boca aterrada, ouvidos mucos
de areia
cada um tem em seu limite de aterrar a cabeça na areia
seu limite de não voar
daí advém o surto
etimologicamente falando




Ana Peluso .

70 Poemas . p. 26 Editora Patuá . 2014

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