domingo, 16 de agosto de 2015

RUÍNAS


Eis o meu mundo, todo desabado!
Pois quem mandou meu coração ousado
Amar demais...a quem jamais o quis?
Eis as ruínas do meu universo!
Meu corpo-escombro, todo em si imerso
Num mar de prantos...o mais infeliz!
Eis os meus sonhos, um a um desfeitos!
Meus sentimentos todos não aceitos,
Se acumulam em meu coração.
Eis minha alma, a sangrar sofrida!
...Em várias partes, lá em si, partida
Por meu amor ser um amor...em vão!
Eis o meu corpo, a perder o prumo!
...Pois, dos meus passos, já perdi o rumo.
Por meu amor ser desprezado assim.
Eis tantas frases sem sentido agora!
Nas quais pensei a cada dia e hora,
Para dizê-las...a quem eu amo, enfim!
Eis minha mente, toda em si, confusa!
Pra que versar, se a dor de mim abusa?...
Se tanto amor já não me serve mais?
Eis o meu mundo, já fora de eixo!
E, com razão, ao deus Amor me queixo:
"Por que tu sempre vens roubar-me...a paz??"

Vilmar Costa.

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