sábado, 22 de agosto de 2015


Desculpa meu pessegueiro,
por ter podado seus galhos antes da florada.
Eu precisava de luz no resto do jardim.
O inverno quase terminou e o que você fez?
Permaneceu com sua paciente e revolucionária resiliência.
E quando eu não mais esperava,
você brota e me oferece sua flor,
sua única flor.
Como se me dissesse...
"Eu não tenho mágoa de você.
Sou natureza e, simplesmente, me adapto.
Você passa e eu continuarei sempre, o pessegueiro".

Antonio Maciel Botelho Machado

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