sábado, 8 de agosto de 2015

O crime


A água escorre quando o piso é inclinado
A suave brisa leva o perfume de uma flor
Como rola pela face um pranto derramado
No peito sangra uma ferida causando a dor.
Por presenciar tanta maldade e desrespeito
Pela falta de segurança em nossa sociedade
Corações sendo perfurados dentro do peito
Crianças sendo queimadas com perversidade.
Facções criminosas espalham o medo e terror
Quantas crianças padecem sendo martirizadas
Muitas vidas estão sendo ceifadas pelo desamor
Os governantes assistem com mãos manietadas.
Como a água desliza quando o piso é inclinado
Assim fluem na fonte da vida os delinquentes
Alastrando-se pelo jardim da infância perfumado
Trocando o perfume pelos tóxicos deprimentes.
A sociedade acompanha o descaso e o abandono
Daqueles que representam à ordem a lei e justiça
As flores despedaçadas por um tenebroso outono
A sociedade aceita em silêncio medrosa submissa.
Assim o crime no jardim escuro da adolescência
Flores viçosas sendo sufocadas pelo vil invasor
As autoridades as respeitadíssimas excelências
São cúmplices conscientes do crime devastador.

Neco Garbini

in.‎Castelo Literário




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