sexta-feira, 4 de setembro de 2015

O avesso da morte


As forças se esvaiaram... a carne fria...
Um alvoroço exalava o medo, afinal,
Vi cercar-me o véu noturno, a pleno dia
Na hora grave, ouvi do céu um sinal!
Logo era tarde, e tentar já não podia...
Um pensamento ocorreu! mas o adiei
De coisas ternas, que vazio... nostalgia!
Ao redor, o orgulho do que conquistei!
No melhor do tempo, não mais cabia gente...
Esfriaram a saudade em sua garoa
ah!! Tantos negócios, relógio renitente
Abraços, risos bobos, conversas a fio...
Velhas lembranças da vida simples e boa:
Amanheceu, e um estranho arrepio...

Luciana Nobre

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