terça-feira, 8 de setembro de 2015

UM SONHO SEM MEDO


Um sonho amanheceu num terreno baldio
Debaixo de um viaduto da Linha Amarela
Pertinho de uma padaria ainda fechada
Mais parecendo uma bala de caramelo
Um sonho raro, singelo e bonito
Embalado em celofane brilhante
Diferente dos sacos de plástico preto
Em que se enfiam os mortos indigentes
Alvíssaras a esse sonho que é vivo
Insubmisso à milícia e ao tráfico
Driblando as incursões da polícia
Mostrando sem medo a sua cara

José Luiz Santos

- por JL Semeador de Poesias –

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