segunda-feira, 28 de março de 2016

Aquele momento em que
A Ia aparece aqui em casa e
São Paulo e Curitiba formam
Uma terceira cidade sem nome.
Ali onde brincamos de escrever nossos nomes
Nas árvores que acabaram de nascer:
Meu amor, somos os novos bregas dessa
Terra de ninguém.
Caímos de sono
No quintal das nossas risadas.
Dormimos decretando cores
À jovem população sem rosto.
Ah, qual cachorro irá lamber
Nossa cara quando o sol surgir
Vazio no horizonte?
A cidade sem nome
Só costuma receber você e vocês.
Todos nós gritamos "feliz ano novo"
Quando beijamos a boca da multidão
Olhando com os nossos olhos
Ouvindo com os nossos
Tímpanos
Pensando o que pensamos
Na semana que vem.

Alexandre França

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