Ela traz nas mãos o Ovo,
A gema do raiar do dia
E a flama do desabrochar das flores.
Coelhos galopam a sua volta,
Os mais sexuais dos seres,
E, às vezes, também um perlado unicórnio.
Ela é a senhora do recomeço,
Da fertilidade, da Prímula*
E da nova vida no além-túmulo.
Do mênstruo colossal do nascente,
Eostre caminha, desde a Mesopotâmia,
Onde se chamara Ishtar;
Depois, pisando as areias do Egito, foi dita Ísis.
Na Grécia adquirira asas nos pés e nos ombros,
Sendo chamada Eos, e se apaixonara de mortais,
Aos quais soubera raptar, no calor de seu cio e paixão.
Trinta de março era o seu dia:
Os nórdicos a dirão Easter, os germânicos Ostern,
E os cristão celebrarão seu festival
Com ovos de afrodisíacos chocolates.
Hoje, o meu verso se põe a caráter,
De gravata dourada, summer jacket rubro
E sungas** à mostra para saudar como se deve:
— À sequiosa e bela deusa da Páscoa!...
Igor Buys
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