quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Alexandre França

Não há como fugir
Da arquitetura do erro
Da estratégia do acaso
Da combustão espontânea
Da chuva dos raios
Da tempestade da idade
Da idade da morte.
Não há resistência
Retóricas calculadas
Atrasos pontualidade
Só o minuto do estrondo
Rompendo corpos
Trazendo carne
À boca do todo.

O que nós chamamos de engano
Agora é uma esfinge sem rosto
E ela nos olha nos olhos
Sem parar.

Qual enigma
Será o último enigma
Aquele enigma que é um outro enigma
O último, portanto todos os enigmas juntos
Numa pergunta solta insolúvel última enigmática?

Por que solucionamos
Enigmas?

Um comentário:

Anderson Carlos Maciel disse...

Bastaria dizer "eu te amo" em público sem medo da questão moral sobre o bizarro ou não bizarro da arte quando direta estreita e fechada em seu dualismo global do sentido.