[O complemento natural da mística imigrante do trabalho é a
mística da poupança, como a outra, grande inimiga da criatividade artística.
‘Fazer economia’ é amealhar, reter, poupar. Assim se chega a uma ideologia da
poupança: guardar é superior a usufruir. Inteligente é poupar, não o desfrutar.
Freudianamente, Curitiba é a retenção das fezes. Nosso pecado é a avareza. Ora,
criar é esbanjar. Só por excessos se cria. Por uma exuberância] by Paulo
Leminski, na década de 70, citado na reportagem de O Globo [Curitiba, Cidade
Literária]
Nenhum comentário:
Postar um comentário