domingo, 19 de janeiro de 2014

[O complemento natural da mística imigrante do trabalho é a mística da poupança, como a outra, grande inimiga da criatividade artística. ‘Fazer economia’ é amealhar, reter, poupar. Assim se chega a uma ideologia da poupança: guardar é superior a usufruir. Inteligente é poupar, não o desfrutar. Freudianamente, Curitiba é a retenção das fezes. Nosso pecado é a avareza. Ora, criar é esbanjar. Só por excessos se cria. Por uma exuberância] by Paulo Leminski, na década de 70, citado na reportagem de O Globo [Curitiba, Cidade Literária]

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