domingo, 24 de agosto de 2014

A Deus Curitiba

A Deus Curitiba
Te entrego a Deus Curitiba
Cidade que sempre nos pariu
Pra dentro
Que sempre fez vista grossa
E um olhar sonolento
De todos tão iguais e todos
Separados cruelmente
Do olhar longe de
E a resposta gemendo em silêncio
Não fale com estranhos
Mas por favor
não se assuste no espelho
Acho que já faz tempo que o outro
Não te consegue mostrar você mesmo
Aqui aprendo a morrer e peço
Não me mostre vida em polvorosa
Porque eu verso sobre ficar na minha
Só pra não sair de moda.

Julio Urrutiaga Almada

Do Livro De Olho:Embriagado

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