sábado, 23 de agosto de 2014

Tenho levado porradas do vento


Quando saio de casa pra fumar
E tenho levado porradas da chuva
Quando caiem do céu pingos de mar
Mas as porradas do teu olhar
Nunca mais ousarei levar
Tenho pisado nos cacos,
E tenho cortado meus pés;
Tenho sangrado poesia
E digo mais uma vez:
Tenho levado porradas à toa..
Tenho sido menino como nunca fui
E tenho acordado no meio da noite
Para fumar e tomar algumas..
Não há quem seja poeta
E consiga levar uma vida sã.
Tenho levado porradas de mim mesmo;
Tampouco deixei de sorrir,
Tampouco deixei de chorar:
Mas porradas do seu olhar,
Jamais ousarei levar.

M.f.

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