Porque, no meu coração, faz-se primavera.
Ah, doce peito sazonal!
Mais te conheço, menos te entendo;
Crê! a essa altura ainda me surpreendo,
Ao despedir-me do refúgio outonal.
Ah, vede as nuvens em dissipação!
Nos galhos outrora retorcidos,
Frondescem risos embevecidos,
O rastro em flor da anunciação!
Oh, musa que traz viço a minha horta,
Colhe esse canto que em lágrimas aborta,
O flechado poeta que tu tens na mão.
Tua chegada é poesia sincera,
Dsesabrochas meu ser em cor, primavera!
Hemorragia de amor essa inspiração...
De Francisco Bosco
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