Sonetos faço assim - preste atenção:
deixo um verso qualquer que acaso invente
(com rima fácil como em "ão" ou "ente"
de molho na cabeça uma porção
de dias, sem tocá-lo (incubação),
até atinar - por vezes de repente! -
que sentido seguir (trágico? ardente?)
que dilema tecer ou que emoção
deva explorar jeitoso em contraponto.
O resto é fácil: monto com prazer
verso por verso - opero meio tonto -
até vê-lo (soneto) acontecer.
Eis outro aqui, alias, já quase pronto.
Se não gostou - perdão, foi sem querer.
Sonetos de Roberto Menna Barreto
Ed. Baraúna, 2008
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