(Lena Ferreira)
Porque tua pausa parece infindável
e tua lira é ópera inteira; orquestra
tocando a partitura dos meus poros
em notas tão perfeitas e sonantes
Porque teu verso parece inverso
e tuas letras, crianças peraltas
aprontando fuzarca no meu sítio
trazendo ventura pros meus dias
Porque teu verbo parece silente
e teu silêncio, é grito mudo, eterno
suplica por peles cruas, pelos nus
causando espasmos na alma casta
Porque tua causa parece urgente
e tuas promessas perfeitas, cabíveis
imploram ao deus grego e pagão
pela redenção de um pecado imortal...
Porque teu porquê é tão insistente
não podes perdoar-te eternamente...
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