Escureço junto à noite que nasce, fria.
Dissolvo as palavras no licor do silêncio
E as bebo, assim mesmo, sem acompanhamentos,
No dedilhar de gotas que se esquecem à mesa.
Eis que a Lua enfeitiçada me surge
Tentando ocultar-se entre o manto de estrelas.
Conto sem pressa alguma,
Admirando-as uma a uma.
Na janela, debruço-me - o frescor na face.
As horas avançam em silenciosa agonia.
Nas folhas, as lágrimas silentes do céu
Vestidas de orvalho como disfarce
À espera do despontar do dia.
Eritania Brunoro
26 de
abril de 2011
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