sábado, 22 de outubro de 2011

Enfim

Enfim




Sereia cauda causa cada

Átomo de tudo que é

E deixou de ser

Tudo que me cala

Planta sem jardim

Ramas de peixes

Escama fina flor

Espinho espinha

Fibras de alecrim

Aroma veia amarga

Sangue que há em mim?

Meu pulso jaz

No fluxo atormentado

Que há no fim, ou

Onde os teus olhos olhem

Onde tudo inicia e acaba

Em luz azul.

Angela Gomes Brochier

Nenhum comentário: