O inimigo
não usa mais botinas
nem carrega nas mãos
longos cassetetes.
O inimigo
agora pede licença
escondido
na pele de cordeiro.
O inimigo
não tem mais patente
vive transparente
ruminando tramas.
Ele é sombra.
Ele é vulto.
Não tem mais nome.
E o armazém da vida
continua vendendo
quilos e mais quilos
de pedaços de fome.
Amigo, me responde?
Corro ou não corro perigo?
Quem é o nosso inimigo?
Julinho Terra
Carioca, escritor, autor de
Tenho em mim um candeeiro.
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