domingo, 16 de outubro de 2011

Somália, na capital das araucárias

Noiada, a princesa derviche ou vulnerável azeviche, estende a mão como quem esmola mas ampara filete de mijo de rato e pomba e água que desce pela marquise; Agar, que vê brotar a misericórdia em pleno deserto de vidro e pedra britada.
Poucas quadras a separam de Ismael, deixado sob a mesa de plástico do bar, encoberto pelo fiapo de manta igual seu choro tão chorado e vão que não desperta menor atenção na platéia alcoolizada pelo futebol de quarta, na tela de catorze polegadas.


Ricardo Pozzo

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