domingo, 31 de março de 2013
Meu armário ganhou ramos de pinheiro, desenhos inusitados
dos arabescos da janela, asa de pássaro.A sombra malabarista gostou da cortina
aberta e amanheceu generosa e de bom humor...Até parece que fez estágio no
circo da cidade para me ofertar esta surpresa. Agradeço o presente do universo!
Feliz Páscoa, meus leitores de tantos cantos, de tantos encontros, de tantos
abraços.
Glória Kirinus
DOIS CORAÇÕES DESALMADOS
Me lembro daquele dia
em que a gente se conheceu
e o meu coração dividia
toda a alegria com o seu.
E o meu coração criou asas
nunca mais me pertenceu
afoito, fugiu de casa
voou pros braços do seu.
O seu coração insensato,
comeu a alma do meu
jogou a casca no mato
e depois se escafedeu.
O meu coração, quem diria,
ficou sendo o desalmado
E o teu, por pura ironia,
"passando bem, obrigado".
Altair de Oliveira, In: "A Grande Coisa".
lendas do Teatro Paiol
O Teatro Paiol de Curitiba tem muitas lendas urbanas,
leremos algumas abaixo:
Em 1874, foi realizada uma construção circular, que foi
utilizada como paiol de pólvora do Exército no começo do século 20.
Naquela época existia um menino apelidado de Casito, que
tinha o sonho de ser ator, mas a sua família não aprovava esta fantasia, pois
dizia que esta profissão era ocupação de vagabundo.
Assim, Casito cresceu, alistou-se no Exército e foi
trabalhar no paiol de pólvora. Este soldado sempre dizia:
- Um dia este arsenal de munição virará um teatro e meu
espírito será o ator principal!
Numa noite sem luar, ladrões de armamento entraram no paiol
e mataram Casito.
Depois de sua morte, pessoas passaram a escutar ruídos
estranhos durante a noite.
O tempo passou e em 1972, este paiol de pólvora virou um
teatro com uma apresentação do poeta Vinicius de Moraes e do cantor Toquinho,
que tocaram como música de abertura, a canção chamada: Paiol de Pólvora.
Naquele mesmo ano, um grupo resolveu apresentar uma peça naquele local. Mas, na
hora dos artistas entrarem no palco, o ator principal sumiu. Logo, nos
camarins, apareceu um rapaz que explicou ao diretor que era artista e sabia o
texto de cor. O chefe fez o teste, naquele mesmo instante, e deixou que o moço
entrasse no lugar do ator desaparecido. Porém, no final da apresentação, o
rapaz evaporou-se no palco e alguns vigias falaram que se tratava do fantasma
do soldado do paiol de pólvora.
Luciana do Rocio Mallon
Big Tubo Brother em Curitiba
Curitiba é tão pop que depois das Tubotecas, bibliotecas
dentro das estações-tubos, surgiu na capital do Paraná:
O Big Tubo Brother, uma estação-tubo onde o usuário pode
monitorar as imagens captadas pelas câmeras espalhadas pela cidade.
No Big Tubo Borther você não pode ver cenas insinuantes,
debaixo do edredon, mas consegue observar imagens quentes, dos moradores de
rua, debaixo dos populares cobertores pula-cerca. Através destas câmeras, você
não consegue ver craques, porém pode observar usuários de crack espalhados pelo
centro de Curitiba.
O Big Tubo Brother foi instalado em pleno calçadão da Rua
Quinze de Novembro, venha conferir e dar uma espiadinha. Pois, privacidade em
Curitiba já virou Lenda Urbana.
Luciana do Rocio Mallon
Curitiba é um Ovo
Curitiba é um ovo misterioso...
De natureza pura e selvagem,
Num ninho frio, mas gracioso...
Chocado com uma bela paisagem!
Sua casca é a timidez,
Que protege um segredo,
Pois, um dia chegará a vez...
De perder o triste medo!
Este ovo vira uma jóia rara,
Uma verdadeira gema de ouro,
Pois a magia está em sua clara...
Refletindo o brilho do tesouro!
Curitiba é um ovo diferente,
Que se transforma com o tempo...
Guardando os mistérios de sua gente...
Repleto de cultura e sentimento!
Ela vira um ovo de Páscoa colorido,
Que esconde uma leve surpresa,
De um jeito sapeca e atrevido,
Mas, que nunca perde a beleza!
Curitiba, ás vezes, é um Kinder Ovo,
Com um brinquedo em cada esquina,
Só para dar sorrisos ao povo...
Com sua alma doce de menina!
Curitiba é um ovo misterioso,
Com uma natureza selvagem,
Num ninho frio, mas gracioso...
Chocado numa bela paisagem.
Luciana do Rocio Mallon
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