De Mara
Paulina Arruda
Pausa.
Parei
para amarrar os cadarços do sapato:
Passou
João apressado, Maria falando ao telefone, Irene chorando, Lena fazendo fofoca
de Jussane, Carros, Gente apressada, era, passado do meio dia, Bicicletas, os
trabalhadores, motocicletas, os estudantes, os executivos, ônibus abarrotado, e
os doutores, e as donas de casa, os adolescentes, a algazarra das crianças, e
os professores, mulheres magras, mulheres gordas, Joel preocupado com as
contas, fones nos ouvidos, distantes do dia, e os filósofos, e a vida, e a vida,
e a vida...
Mádiosanto
não dá nem pra parar para amarrar os sapatos?
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