De Wislawa Szymborska.
Para onde corre essa corça escrita pelo bosque escrito?
Vai beber da água escrita
que lhe copia o focinho como papel-carbono?
Por que ergue a cabeça, será que ouve algo?
Apoiada sobre as quatro patas emprestadas da verdade
sob meus dedos apura o ouvido.
Silêncio- também essa palavra ressoa pelo papel
e afasta
os ramos que a palavra "bosque" originou.
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