quero um alasca artificial
com neve sintética
como gotas circulares em slow motion
sobre os corpos dos ursos
bipolares
6 meses sem sol
holofotes nos pescoços das focas submersas
iluminam como ronda policial
de tempos em tempos passando nos olhos
semi-cerrados
rave esquimó
ácidos de gelo
drinks exóticos à base de vodka
e pirimplimplim
rostinhos glaciais da sabedoria
aparecem nas janelas dos iglus neon
trocam dialetos inuktitut
e eu não compreendo coisa alguma
absolutamente sorrio
sob os efeitos dos goles indecifráveis
tem uma montanha
cujo topo mede um everest e mais umas jardas
espero uma avalanche
porque somos mesmo pinos de boliche ártico
strikes certeiros no meio de nós
tudo que do branco nasce ao branco retorna
e que da ressaca se faça a renovação
- aparentemente limpa como gelo -
Camila Vardarac .(Rio de Janeiro.1987)
http://cronopios.com.br/site/poesia.asp?id=3918
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