quarta-feira, 10 de setembro de 2014

ENCANTO DO MAR


É quando dois olhos se seduzem

E se dizem coisas que não caberiam às palavras.

É quando o mar pertence a dois


E o sol nos ilumina, nos doura e nos enfeitiça.

E quando o beijo acontece,

Essas bocas sabem que já foram unidas

Em desejos e vidas esquecidas de eras longínquas.

***

Eu me deixo pertencer-te,

Eu te entrego todo o meu corpo para que seja teu

Nesse tempo breve e abençoado pela eternidade.

Não quero dormir, teu conforto é melhor que o sono.

Quero me perder em promessas impossíveis

Enquanto meus dedos percorrem os caracóis dos teus cabelos.

***

Eu ficarei sem ti...

Mas as estações me trarão toda essa vida quente com o mar

E em breve seremos nós, como agora, novamente sob o sol.


Hérlon Fernandes Gomes (10/06/1981) é natural de Brejo Santo, uma pacata cidade do sul cearense, da conhecida região do Cariri, um berço de cultura do estado.Começou a escrever seus poemas na adolescência, publicando os primeiros textos em jornais da região e periódicos do curso de Direito da Universidade Regional do Cariri, de onde obteve o diploma de bacharel, sendo inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, Subseção Crato. Paralelamente à carreira jurídica, o autor é amante da literatura, especialmente da poesia, de quem se diz “apenas um instrumento usado para transportar ao papel as emoções que podem nascer de todos os homens.”Em 2008, publicou seu primeiro livro, intitulado GEMINIANOS – POEMAS DE DESCOBERTA, de carga confessional, passional, em que o autor disseca, principalmente, os estágios de gozo e sofrimento do amor. Nesse mesmo ano, começa a escrever um blog, intitulado ARQUEOLOGIA DA ALMA (http://arqueologiadaalma.blogspot.com.br/), espaço dedicado a dar vazão à arte que lhe mina. LÚMEN – ENTRE OS MATIZES DA ALMA E DO CORAÇÃO é seu segundo livro publicado. Ao longo dos 150 poemas que compõem a obra, dividida em oito partes temáticas, o autor nos convida a refletir sobre os horrores de um mundo caótico, povoado pelo terror de guerras reais e do ego, do artificialismo do ser; mas, sobretudo, nos alerta para que não percamos nossa imorredoura capacidade de se apaixonar, de amar e de ter esperanças, sempre.

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