domingo, 28 de junho de 2015


sei que estou poluído de declarações, não sou tão alto quanto um deus qualquer em sua mudez perfeita. sou esta apoteose tão pequena quanto quem quer que também a seja. o prazer se compartilha, a dor não. a dor é uma coruja em vigília, olhos na maciça escuridão. estar só é ser o homem como ele é. e os nossos sentidos são uma ostentação, mas nem todos vão estudar música a esta hora, nem ler os livros que foram escritos só para mim. não há gente ao redor, porém, com o coração sincero, sussurro outra vez o espírito de um verso. de longe, o seu sim chega furando a noite. não hesito, abro a porta

Silêncio!... 

Luiz Felipe Leprevost

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