sábado, 20 de junho de 2015

Dança do tempo


A liberdade dela não cabia nos limites da vida de uma pessoa só.
Cabelos soltos, corpo sem excessos e excessivo no mover.
A face impenetrável. A mente desenhando na pista, o amor performático, com seu parceiro feito sob medida.
Cabelos crescendo sem direção.
As luzes intrépidas e esvoaçantes, não lhe faziam sombra. A mulher musicalmente conduzindo o desejo dissolvido em um só ritmo.
Difícil imaginar o não encontro. Bailarinos nascidos para o encontro.
Par de um tempo que não há destino que possa desfazer.

Julio Almada

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