sábado, 27 de junho de 2015

Rita Medusa

Então eu não queria estar mastigando as flores que você me deu em 1997 e tudo tão excêntrico meu amor passeando desonras no desfiladeiro, derretendo ao som da maquina de pólen, das primeiras letras a serem vividas, deturpando a aparência das flores porque queria ingerir o perfume das tuas mãos desenhando caixinhas de música para minha confusão,
o móbile que você nunca me deu, os diários de Kafka, chorando de vontade de você nos corredores vazios da biblioteca escolar, te enquadrando nos sebos, levitando de desejo no cinema, febre regida por "crime e castigo".
a literatura entra na minha história com o amor chutando as portas, abrindo passagem num sussurro violento, essa escrita tem a ver com a selvageria de amar e quando assim não o for é fim de jogo pra mim

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