Eu adoro o mar; nele existe alguma coisa de especial que me
envolve
Que me fascina, absorve-me, me mete medo e me inspira
respeito
Gosto de observá-lo à distância, quando ele está revolto ou
sereno
Sua braveza me excita, sua mansidão ameniza o meu ser
agitado.
Quando o vejo, a minha imaginação se torna um gigante e cria
asas
Penso nos seus mistérios, sua imensidão, profundezas e
segredos
Respeito a sua soberania, a sua ousadia, suas leis e seus
critérios
Vendo-o de perto. Comparo o mar com a vida e a vida com o
mar.
O vento é nosso destino e o tempo nossa bússola. Nossa vida
é o mar
Somos barcos navegando, ora em águas calmas, ora em águas
agitadas
Desde muito cedo, devemos aprender a navegar e a conhecer a
solidão.
Vencer o medo, obedecer às regras do vento, para o barco não
afundar.
De onde partimos nós não sabemos, o nosso destino é outro
segredo
Não se deve remar contra a maré, nas horas das tempestades e
trovões
Deve-se ter paciência. Respeitar o perigo. Esperar o
vendaval passar
Não esquecer que ora sopra ventos traiçoeiros, ora ventos
favoráveis.
No mar de nossas vidas existem muitas ilhas, muitos rochedos
e portos
Muitas dificuldades, subidas e descidas, águas desconhecidas
a singrar
Os nossos sucessos e nossas derrotas dependem de cada um de
nós
Nossas conquistas são resultados de nossas lutas, nossa
garra e talento.
Não adianta cruzar os braços, reclamar, ficar esperando a
sorte ajudar
Quem espera tudo acontecer não consegue nenhuma meta
alcançar
É um barco desgovernado, navegando contra a vida e, contra o
vento
Não atingirá a lugar nenhum, pois vai ser tragado e devorado
pelo mar.
Concita Weber
17 de julho de 2011
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