sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Ostra





Sou como uma ostra que se esconde do mundo
e não se dividiu. Para você isto não existe.
Por ser egoísta, fico triste.

Por amar a si próprio, acha que o basta,
como um rio sem nascente de águas paradas
e sem vida, sozinho trava sua batalha.

Entrelaçou-me consigo. Eu, sem vida própria,
trancada em seu mundo, sufocada. Sobrevivo?!
Minha alma grita morrendo sufocada.

Alma que sofre! Não tem força! Guerra perdida!
Silencioso se foi. Você não percebeu o vazio que ficou
contido dentro de mim. Sufocou-me, impedindo-me de existir.

Eliza gregio


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