Por que no mercado de argumentos
Servem-se armamentos
Às guerras entre nações?
O riso sátiro e infame,
Cobra esguia no tatame
Vencerá as orações?
Na corcova do ataúde,
Homens sem leis ou virtude,
Por mandato, rufiões!
Pois, caiam porcos obreiros
E os gigantes estrangeiros,
Exímios camaleões!
Afoguem-se num desastre
Os roubos da melhor parte,
E se mostrem os ladrões!
Derrubem-se as prepotências,
Jugos, rastros de demências:
Paternais humilhações.
Bastem noites de sangrias!
Jejuar beato e vigílias,
Coveiros das ilusões!
Desperte príncipe valente,
E de sua dor descontente,
Inspire paz às multidões!
O galo toque a trombeta
E a alvorada amanheça
Lendo versos de Camões!
O sol não mais açoitado,
Viril membro hasteado,
Secará as solidões.
E o oceano arrastado
Sirva a um copo adocicado
Bebido por gerações.
A lua, orvalho gigante,
Cairá itinerante
Inundando toda a terra
E de promessas se empunhe,
E por amor venha à lume
O povo da nova era!
Canoas, RS
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