terça-feira, 19 de junho de 2012

Amor de Nuvem

Vou desenhar em teu rosto de nuvem

Duas estrelas que furem meus olhos

Moldar-te translúcida em raios de sol

Ser o vento simples que te faz forma

Deixar a lua emaranhar-se ao teu cabelo

Andar de mãos dadas em poentes

Sentindo teus dedos de algodão

E se de repente não mais a ver

Direi tão somente havê-la assim:

Em qualquer canto de céu

Construído um amor esparso

apesar de não ter sido ao fim

que tenha sido eterno

pelo menos para mim!

Marcos Guimarães

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