as missas não mais em ucraniano. sou uma espécie de latin lover sem bigode na saída da Catedral, olhando passar meninas brancas embrulhadas em lã. tenho um cigarro nos dentes e nunca mais a preocupação de não levar uma bronca da vó. cachorros longe latem o sangue das veias. sábado amanhece o centro velho. os sinos abalam o vôo das pombas. girinos nos lagos do Passeio Público, lâmpadas fosforescentes dentro da neblina. a Ilha da Ilusão a abrigar uma barraquinha de cachorro-quente. um simbolismo impertinente, fora de época. o mesmo magro odor de encontrar o fantasma do Emiliano Pernetta acenando um bom dia feito dissesse uma reza positiva.
Luiz Fernando Leprevost
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