A insuportável capacidade alienável da cidade entorpece a mente esquecendo a semente
do húmus humano alimento das famintas bocas da noite nos sorrisos feéricos babando
nas cicatrizes as caixas de aço onde almas se desprendem em feras- apêndices de cascas
de aço e fumaça fumando vidas embriagadas de gasolina ou alcool.
Na memória do tempo a espera verde do vale perdido, invadido, sangrado e despejado das cicatrizes de asfalto onde caminha um guará desnutrido procurando um curumim.
A insuportável capacidade alienável da cidade entorpece a mente esquece o alimento do conhecimento
deste espírito contido despido da angústia do intelecto campônio migrante testando a palmilha de sua humildade no breu de sua ignorância bondosa à margem dos palácios das promessas e engodo de cores fugidias dos cristais espoucando na ribalta da cidade procura uma caixa de madeira por morada , seu ataúde móvel, arca de sonhos onde corre o rio abençoado pelo sol . Corre a criança até o sol que se esconde no horizonte.Era um caminhão que chegara para curar-lhe da embriaguez.
Caminha um lobo guará desnutrido procurando um curumim.
Wilson Roberto Nogueira
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