sábado, 30 de junho de 2012

MONTANHAS ROCHOSAS


ou O SOVACO DO BRAÇO DE MAR



Fiz um risco branco de giz

no chão da sala de jantar.

Do lado de lá, as montanhas rochosas;

do lado de cá, um braço de mar.



No alto das montanhas rochosas

plantei um jardim no 100º andar.

Nasceram violetas, dálias e rosas,

que perfumaram o sovaco do braço de mar.



Nas águas do braço de mar,

as traíras saíram das tocas,

ondas puseram-se a cantar.



No fim, o giz, a montanha e o braço

abraçaram-se, debulhando-se em lágrimas,

indo dormir, desolados, no frio banco da praça.



- por JL Semeador.RJ,
 no Sujinho da UFRJ-Urca, em 02/09/2011 –

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