MONTANHAS ROCHOSAS
ou O SOVACO DO BRAÇO DE MAR
Fiz um risco branco de giz
no chão da sala de jantar.
Do lado de lá, as montanhas rochosas;
do lado de cá, um braço de mar.
No alto das montanhas rochosas
plantei um jardim no 100º andar.
Nasceram violetas, dálias e rosas,
que perfumaram o sovaco do braço de mar.
Nas águas do braço de mar,
as traíras saíram das tocas,
ondas puseram-se a cantar.
No fim, o giz, a montanha e o braço
abraçaram-se, debulhando-se em lágrimas,
indo dormir, desolados, no frio banco da praça.
- por JL Semeador.RJ,
no Sujinho da UFRJ-Urca, em 02/09/2011 –
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