segunda-feira, 11 de março de 2013

Aos subsolos de esquina que visitam meu chapéu:





não é possível arder neste grau
comer os restos com tanta classe
Ter um diário de menina
uma navalha prateada
e esta cara de pau

é impossível
Meu café amargo
rindo bêbado ao meu lado
dando-me ordens
Para não dormir
e não cativar estranhos de longos casacos negros
nem ligar para escritores sombrios

se o impossível está vazando do meu chuveiro
Brincando de marionete com minhas formigas
drogando os faróis
agonizando relâmpagos no prato dos meus irmãos
o que pode ser possível?

Indelicada e previsível, hoje decreto:
Só o blues e o delírio podem me dizer aonde ir
Rita medusa

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