De Mara Paulina Arruda
Passou pela frente de casa o Seu Paulo. Véio gordo, com todo
o respeito,bonito e corado chegava da cooperalfa. Tava faceiro. Tempo de boa
safra. Vendeu as sacas de soja bem vendidas. Dona Maria ao lado. Eles estavam
fazendo uma caminhada diária. Era preciso. Receita de médico!
Agora, junto da caminhada uma preocupação com o vizinho
seguia o casal. O outro vizinho, do outro lado da estrada não conseguira fazer
a mesma coisa.Não tivera a mesma sorte. A safra não vingou. O feijão mal deu
para o próprio consumo. Isso estava preocupando-os. Sabecomoéqueé! Na natureza
o que atinge o outro também pode me atingir, ele dizia.
A mulher o confortava: Ahé!Cada um tem que dar conta do seu
lote! É. Ele, contrariado com as contrariedades que todo mundo tem que
enfrentar. Seguia com os olhos olhando para dentro de si, procurando uma
solução que pudesse apresentar para o amigo vizinho.
O farfalhar das folhas, as andorinhas planando por ali, o
céu mudando de cor, o mundo seguindo independente das preocupações de um velho
casal de agricultores.
Fim da caminhada. O vizinho ao longe acenou para eles.
Nenhum comentário:
Postar um comentário