quinta-feira, 29 de agosto de 2013

O adeus que não darei



Mal seguro um copo
o faço cair vazio
me nego um trago
nem pulmões tenho
fluir das pernas quentes
roliças como toras de lenha
ateia fogo ao meu passado
recosto em mim mesmo
petisco a vida que se parte
a vida nunca foi meu prato favorito
famelico sempre até os ossos
engraçado quando abandono o dia
só mais um por favor
o relogio marcava horas
se ninguem perceber eu levantar

saio sem pagar a conta.rv

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