Essas coisas que estão na minha mão. É isso que me incomoda.
Não que as coisas me incomodem, mas o fato de eu não saber
se foi o mundo que me deu de presente ou se eu roubei dele e ele vai querer
pegar de volta e me colocar de castigo. Quando fecho o olho e imponho minha
vontade, quando aproveito a embriaguez para facilitar o vazio, quando jogo no
mundo o que eu quero jogar e mexo meus paus para ter o que eu quero. Não que eu
sempre tenha, mas de vez em quando dou a sorte de ser obedecido. Geralmente
acho que fiz um bom trabalho.
E quando há uma punição? Eu que me puno ou o mundo que me
pune? Ou alguém me pune, fechando os olhos e soprando a fumaça do cigarro com
sua mensagem para os céus? Dando mais um gole e deixando-se quase desmaiar com
o excesso, pedindo para qualquer deus interno que faça uma conexão com as
estrelas e coloque o diabo sobre minha coluna vertebral? Algum bruxo-piadista
obcecado que me dá um castigo e coloca um pequeno prêmio dentro dele.
Quem será ou quem serei?
Matheus Quinan
Nenhum comentário:
Postar um comentário