quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

nunca tão perto
o sangue quase na boca
ossos e ossos entre dentes

quase em brasa
entre nos como doença
isso q não se inflama mais

nunca tão perto
sem poder se dizer o nome
ha todo esse sono esse torpor

coração nas mãos
coração perdido no eixo
a lingua no moedor

nunca tão perto
o inumano no gozo triste
esse gozo entre coisas

cortadas as asas
nem mesmo as tardes
as brisas ou as tempestades

nunca tão perto
ate mesmo o bafo o cheiro
roupas entre peles

nada tão distante
manequins q se roçam
todos nus no escuro


*
Alberto Lins Caldas

Nenhum comentário: