Luiz Felipe Leprevost
desviando poças. o caderno cai no chão da praça. ele não
nota. os demais rostos são guarda-chuvas apressados. protegendo-se sob uma
marquise o escritor pronuncia algo para si, a fumaça é a língua de quem já
aprendeu a perder. e o caderno aberto esquecido na umidade. a cidade toda é uma
névoa. a cidade que ele perdeu. no caderno uma única palavra, um nome, que
derrete no frio molhado
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