quinta-feira, 29 de maio de 2014

Luiz Felipe Leprevost


desviando poças. o caderno cai no chão da praça. ele não nota. os demais rostos são guarda-chuvas apressados. protegendo-se sob uma marquise o escritor pronuncia algo para si, a fumaça é a língua de quem já aprendeu a perder. e o caderno aberto esquecido na umidade. a cidade toda é uma névoa. a cidade que ele perdeu. no caderno uma única palavra, um nome, que derrete no frio molhado

Nenhum comentário: