Mal se despede maio, conforme sua natureza, com um desmaio,
junho já anuncia seu nascimento geminiano no calendário e na vida. Gosto de
arrancar a folhinha do mês que termina e me deparar com a promessa do mês
seguinte. Uma consciência de dias com suas noites e auroras organiza meus
subjetivos. Sim, porque meus objetivos, sempre tão distraídos, atingem o nada e
o tudo ao mesmo tempo. Estou confusa? Deixa pra lá, os fusos estão aí para
regular o tempo. Os temperos, ah os temperos deixem comigo e com as vozes que
carrego desde bem antes do meu nascimento...Entre Dezembro e Janeiro muitas
folhas novas inauguram nossos meses, cada um com sua novidade, promessa, susto
e alegria. E muitas folhas vividas vão embora. Fica a memória, essa mãe das
musas que nos eterniza e recria; essa conciliadora dos tempos passados com os
presentes.
Glória Kirinus
Nenhum comentário:
Postar um comentário