À espera da vida,
tranquei gavetas,
fechei janelas e
arrumei a cama.
A serventia da casa
esperava-me
sortida de idas.
A soleira,
vincada de passado,
ali posta de sobreaviso,
fitava-me incrédula.
Tempos de solidão
nos cômodos
Choro apertado no
pulsar das horas presas
na parede
Nos cantos sombrios
memórias de tantos fins...
Era cinza dentro.
Era um olhar de fora em luz.
Troquei a roupa por
duas vezes – tantas marcas –
e dos sonhos
tirei etiquetas de novos.
Passei baton e coragem
A alegria tremeu-me
no mais profundo...
hesitei
Sem mais pudor,
não saber mais parar,
puxada de mim
atravessei a porta e...
lá fora nós a minha espera
enfim... livramento
mra
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