santuário
ergui a casa de sal
nuvem e luas acrobatas
no morro do esquecimento
perguntavam
onde a que morava
no corredor ensimesmado ?
por que a casa de chuva,
insônia e cães de pedra
erguia-se entre murmúrios ?
eu não via a face que mostrava
afundava o rosto
no tapete de dentes-de-leão –
ínfimo jardim
levado pelo vento
ondas, algas e búzios
trepavam nos muros
da fortaleza invencível
anos eram ervas
os que perguntavam,
estrangeiros
Marilia Kubota
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